Analise 1.696
O indicado pela Islândia para Melhor Filme Internacional no Oscar 2025, baseado em um romance Islandês é, obviamente, um romance que percorre da Islândia ao Japão passando por Londres, em diversas linhas de tempo e, apesar de não trazer nenhuma novidade em seu escopo, acaba “tocando” e emocionando profundamente o espectador por sua incrível sensibilidade e delicadeza narrativa.
Sim, o amor existe, pode durar uma vida inteira ainda que intercalado por desencontros, rupturas e descaminhos que, sendo profundo, se reconecta mais cedo ou mais tarde. Precisamos de mais filmes assim no mundo atual.
O diretor de ação islandês, Baltasar Kormákur, Everest, que pode ser lido clicando aqui e Vidas à Deriva aqui , entre outros, parte de uma súbita viagem em busca de um muito improvável reencontro, em Março de 2020, quando o mundo todo estava se fechando por conta da pandemia, e sem nenhum senso de urgência, nos leva para uma Londres em 1960, onde começa uma delicada estória sobre memórias, línguas, a arte da culinária, envelhecimentos, paixão pela cultura japonesa, perdas e, claro, a descoberta do amor.
Enquanto nosso protagonista viaja para um quase impossível reencontro 60 anos depois o roteiro passeia por diversas linhas temporais – indo e voltando - fazendo com que o público acompanhe de perto (e com o coração) uma narrativa repleta de ternuras embora não se olvide de agruras.
Com atuações excelentes dos jovens e amadores protagonistas, fotografia perfeita com a sépia separando o passado e o vivo em contraste retratando o presente, #Touch´pertence sim ao subgênero do melodrama, mas seu tratamento é tão habilmente cativante e comovente que nos faz entrever muito mais em suas múltiplas camadas, tornando-se uma pungente e silenciosa surpresa para qualquer amante da sétima arte.
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