Essa visceral produção finlandesa que mistura muita ação e guerra exige dos espectadores toda sua “suspensão de descrença”, mas uma vez conseguida, os absurdos se tornam altamente divertidos com uma pegada insana bem aos moldes de Tarantino.
Centrado na Lapônia, em 1944, durante a expulsão dos nazistas do território finlandês #SISU (palavra que significa garra, coragem e determinação), através de uma jornada selvagem pelas estepes, tem conseguido a aprovação e inúmeros elogios da crítica especializada.
Com roteiro muito simples – uma caçada onde a vítima se torna o algoz – mas com uma coreografia impressionante tal qual a fotografia, luz e atuações, aparentemente assemelha-se a um filme B que, no entanto, resulta num entretenimento repleto de muita tensão, repleto de situações inusitadas que prende o espectador a jornada do herói ainda que em certas cenas, por alguns instantes, desviar os olhos seja um refrigério.
Escandalosamente repleto de exageros (e quem já não viu inúmeros nos filmes?), a produção oferece com maestria aquilo que se propõe criando inteligentes, bizarras e espetaculares cenas de ação, humor negro e uma catarse no final simplesmente hilária.
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