Sendo um dos 5 finalistas no Oscar 2021 na categoria de Melhor curta-metragem, este, com 18 minutos, parte de um adolescente carente e um homem cego e surdo que se esbarram em uma madrugada numa rua dos subúrbios de Nova York e uma impensável relação se estabelece.
Escrito e dirigido por Doug Roland que teve a “audácia” de escalar um surdo-cego de verdade para viver a personagem o que traz uma autenticidade impressionante para o papel em um conto que se passa em apenas uma noite, em um curto trajeto, onde o jovem sem teto e sem rumo se propõe, relutante, a levar o desconhecido até um ponto de ônibus.
Falar mais sobre um curta é estragar a experiência de quem pretende vê-lo, e, interpretá-lo, seria impor minha visão, minha percepção, para outrem o que considero um desserviço desta profissão cada vez mais buscada por amadores incautos, ávidos por estragar o prazer alheio.
Assim, digo apenas que #FeelingThrough é uma peça de extrema sensibilidade onde a lenta construção de confiança através da comunicação, pode gerar uma conexão tamanha capaz de modificar e ampliar a empatia ao mesmo tempo que também é um delicado e realista retrato de muitos seres invisíveis para a sociedade moderna e urbanizada, exibido por dois atores cuja a expressividade transborda em poderosa química.
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