Analise 1.707
Partindo da adaptação do livro homônimo de Peter Brown, Robô Selvagem segue um robô programado para fazer todas as tarefas solicitadas que, porém acaba caindo em uma ilha deserta repleta de animais e, ao se deparar com um ovo de ganso prestes a eclodir acaba sendo confundida como mãe do pequeno filhotinho o que acaba unido dois mundos totalmente diferentes.
Sem entrar muito na descrição ou transcrição do roteiro para nunca atrapalhar ou antecipar a experiencia do espectador, adianto apenas que a robô (detestada como elemento estranho a fauna da ilha) além de ter que lidar com tantas animosidades, atribui-se a tarefa de criar o filhote (também renegado pelos demais) e ensinar-lhe como ser um verdadeiro ganso até a época da migração anual, com ajuda de uma ladina raposa como interlocutora. Simples.
Lidando com uma temática comum, mas coerente e até previsível, Robô Selvagem trabalha muito bem com a questão das diferenças entre os seres da mesma espécie e de espécie diferentes – caçados e caçadores – mostrando de forma muito fofa e porque não, muito terna, que ser diferente fisicamente não é um atestado de incapacidade e que a união, o amor, e a generosidade pode ser a chave mestra para o entendimento fraternal entre todas as raças do planeta.
Chris Sanders, diretor do filme, mistura desenhos em 2D e 3D fazendo com que o visual fique artisticamente inovador e belíssimo agradando em cheio não só crianças como adultos com seus carismáticos personagens e bem dosadas cenas de comédia, ação, aventura e drama feitas para bulir com o emocional de toda a assistência, ainda que explore caminhos emocionais já percorridos em outras animações.
Ainda assim, a DreamWorks apresenta um trabalho respeitável que, principalmente, prende a atenção pelo ritmo acertado enquanto diverte com a doçura de sua estória e emociona corações.
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