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Queer- EUA-2024

  • Foto do escritor: Cardoso Júnior
    Cardoso Júnior
  • 16 de jan.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de jan.

Analise 1.737

Saído do Festival de Veneza e que, desde então, tem colocado Daniel Craig na lista de Melhor Ator na temporada de premiações, Queer é uma   adaptação do romance de William Burroughs, publicado em 1985, mas escrito nos anos 1950 como um relato ficcional de suas próprias experiências.

 

Luca Guadagnino que já nos deu o sensível e belo despertar do amor na juventude em “Me Chame pelo seu Nome” que pode ser lido clicando aqui, o mais que perturbador e detentor do Urso de Prata do Festival de Veneza, “Até os Ossosaqui e mais recentemente o triângulo amoroso no ótimo “Rivais”, aqui, é um cineasta cuja direção, por si só,  é um espetáculo em si mesma, mas também por sua impressionante coragem de sair dos padrões arriscando ao máximo - estética e tematicamente - em suas produções.


Em Queer, seu mais recente anti-romance, infelizmente a ousadia derrapa, capota e cai no abismo da psicodelia numa estória que se apresenta interessante em seu começo, mas degringola à medida que vai avançando em seus capítulos levando-nos a uma experiência frustrante e desinteressante.


Começando Cidade do México nos anos 1950, onde o protagonista vagueia de bar em bar em busca de anestésicos etílicos e químicos para sua dor de alma, em seu terno de linho branco e, sempre um busca de um novo estímulo sexual dentro de uma sociedade indiferente e permissiva, levando gradualmente, mas não demoradamente ao seu ápice onde Craig vai para cama com outro homem numa cena audaciosa onde a cópula vai do tato entusiasmado a um final explosivo rapidamente desviado para uma paisagem na janela do quarto.

 

A partir daí, nos capítulos que se seguem a abordagem passa a expor uma série excentricidades não conectadas umas as outras e com personagens desconhecidos até então e que nada acrescentam a estória até entrarmos numa espécie de Indiana Jones moderno e em cenário nitidamente artificial, onde a única coisa interessante é a presença incrível da Lesley Manville derivando a narrativa para bem perto de um filme de terror.


A trilha sonora é anacrônica, os figurinos e o designer de produção são interessantes e a atuação de Craig sustenta com maestria sua personagem dentro de uma “estória de amor” totalmente despida de emoções que, dificilmente envolve o espectador já desapontado com o caleidoscópio visual que não leva e não chega à parte alguma.



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