A estória é basicamente a mesma, mas há, logo no início, um deslocamento do personagem principal (saindo a mãe, entrando o filho do meio), que parece funcionar muito bem pela boa atuação do menino e isso anima ainda que fique clara a intenção de adaptar um produto clássico, feito para adultos, em algo mais direcionado para um público teen.
Isto parece, no início, algo bem original e animador.
Porém, toda e qualquer empolgação termina aí, pois nas sequências, o enredo se perde no escuro sem saber que tipo de produção pretende ser.
Esqueçam da crescente aura de espanto diante dos fenômenos, que vai evoluindo, aos poucos, para um tenso drama terror do filme original. Não há!
O patético elenco reage a tudo com uma indiferença e naturalidade que beira a idiotização.
As reações dramáticas da mãe que perdeu uma filha, são semelhantes à de uma mãe que não sabe onde colocou a bolsa, mas sabe que vai encontrá-la porque está dentro de casa.
A inserção do curto momento “chuck brinquedo assassino” deixa claro que tudo está perdido, direção, roteiro e principalmente elenco.
A para-psicóloga e elementos da sua bizarra equipe de investigação, são de uma inverossimilhança que chega às raias de uma das piores coisas já vistas no cinema.
O que dizer da substituição da inesquecível “médium gordinha” por um apresentador de reality show exorcista ? Melhor não dizer nada; soltar uma sonora gargalhada é mais apropriado.
E, quando já temos certeza que a obra original já foi completamente estraçalhada, apatetada, aviltada, vemos um drone mergulhando com sua câmera investigativa nas profundezas tenebrosas...É melhor rir para não chorar. Para piorar o catastrófico desastre desta releitura, a criação de um terceiro ato, com direito a cena pós-créditos, é a certeza de um assassinato brutal confirmado por morte cerebral. Crimes desta natureza deveriam estar previstos no “código do cinema” e serem punidos com banimentos para as regiões mais abissais das catacumbas violadas.
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