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Foto do escritorFábio Ruiz

Ordinary Love – Inglaterra – 2019



#OrdinaryLove, escrito por Owen McCafferty, narra a estória de Joan e Tom, um casal solitário, que vive a perda de sua filha, quando Joan percebe um nódulo no seio e é diagnosticada com câncer no seio, e acompanha sua trajetória pelo tratamento, enquanto ainda tentam manter suas simples rotinas, em meio a reviravolta em suas vidas. O texto é delicado e sútil, e como diz o título, simples, acompanhando o casal pelas agruras do tratamento, e as mudanças de suas rotinas, quando Joan reconhece Peter, ex-professor de sua filha, doente terminal, e seu companheiro, Steve, e apesar de parecer um tanto arrastado, e o é, permanece prendendo a atenção pela austeridade e sobriedade narrativas.





A direção dos pouco experientes Lisa Barros D’Sa e Glenn Leyburn é surpreendentemente ótima, com planos e sequências de procedimentos médicos e intimidade da doença que, facilmente, poderiam tanger o grotesco, mas que são de extremo bom gosto e de forte verosimilhança, e conduzem muito bem o elenco. Leslie Manville, indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante por Phathom Thread, faz um belíssimo trabalho concedendo muita humanidade a uma personagem que trilha caminhos dificílimos, Liam Neeson está ótimo como seu marido Tom, e tanto David Wilmot e Amit Shah entregam atuações coesas e sensíveis. A música corrobora as tonalidades severas da situação, fotografia, arte e edição são muito boas.





Um filme simples, interessante, e na medida certa para narrar uma situação tão contundente de forma tão natural, sem descambar para dramalhões, e ilustrando que a dor, a perda, e a doença também são vida. Vale muito assistir.









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