Seguindo o esforço hercúleo de trazer alguma luz a esses curtas tão complexos, temos o candidato sul-coreano “Opera”. Que dirigido pelo premiado Erick Oh, o mesmo de Procurando Dori e Divertidamente, traz para as animações em curta provavelmente um novo patamar de experimentação. Um conceito que para mim, é completamente novo dentro desse escopo cinematográfico.
“Opera”, que merecidamente é um dos indicados a melhor curta em animação do oscar 2021, nos mostra um mundo hierárquico de uma sociedade que vive dentro de uma estrutura de pirâmide com cada interação e ação dos participantes desse grande mecanismo impactando a sociedade como um todo.
Com uma gama de representações e referências renascentistas, o curta molda, dentro de uma distopia talvez não muito distante, situações e quadros que retratam questões chave do mundo em que vivemos. O curta olha para o racismo, terrorismo, religião, guerra, educação e política com uma peculiaridade que é tentar mostrar essas questões dentro da distopia construída sem necessariamente torna-las distópicas.
A animação é um assombro! Choca enquanto constrói esse universo como um relógio suíço: Cada peça perfeitamente posicionada e exercendo com perfeição seu papel para que o grande mecanismo nunca pare. É de assustar...
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