#TheMandalorian, série criada por Jon Favreau, baseada no universo Star Wars, criado por George Lucas, reverte o desastre dos filmes da saga produzidos sob a tutela da Disney. Inteligentemente, usando o universo dos caçadores de recompensas, Favreau apresenta o dos Madalorians, origem de Jango e Boba Fett, personagens dos seis primeiros filmes, e resgata o dos Jedis, na figura carismática da A Criança, personagem infantil da mesma raça do mestre Yoda.
A espinha dorsal evolui pouco na vertical na primeira temporada, e, por vezes, parece estar não evoluindo, mas, em compensação, apresenta personagens e tramas secundárias, que vão sendo costuradas organicamente à evolução da trama principal, caminhando em direção aos Jedis, pós-queda do império – a série se passa alguns anos após o termino do filme VI, o último da primeira trilogia. O texto constrói habilmente a trama, enquanto trabalha muito bem a conexão do público com as personagens, especialmente, com A Criança.
A direção é diversa, inclusive pela atriz Bryce Dallas Howard, ótima, coesa, original, e consegue, em produto televisivo, dar ares de cinema. O elenco é composto prioritariamente por Pedro Pascal e a personagem CGI A Criança. Pascal tem o difícil desafio de atuar praticamente o tempo todo com a máscara mandaloriana – mostrando seu rosto brevemente em uma única cena –, e dá um show de interpretação conseguindo com a entonação de voz e a expressividade corporal criar uma personagem demais eloquente. Fotografia, música, cenários e figurinos mantêm o padrão cinematográfico em ambiente televisivo.
#OMandaloriano, uma série que reabilita o universo Star Wars, após as desastrosas sequências, VII, VIII e IX de seus filmes, deixando o espectador cativo e curioso pelo porvir das próximas temporadas. Vale muito assistir.
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