#Azali, filme ganês, representante do país ao Oscar de 2019, desenvolvido para o cinema, mas com superficialidade de filmes para TV, apesar da contundência do tema e de passagens que, supostamente, causariam impacto, a dramaturgia e a direção as diluem privando o resultado final de relevância. Dito isso, o roteiro ainda preserva o interesse narrando a trajetória de Amina uma adolescente do miserável interior que é vendida pela mãe, as atribulações em seu percurso expondo tristes realidade do país africano, e os efeitos da colonização e globalização na mistura de idiomas.
A direção é boa, bastante feliz em algumas tomadas, especialmente as da paisagem africana. O elenco atende às expectativas, com maior destaque para os vilões, inclusive a mãe. A fotografia é competente, mas poderia ser muito melhor, se valorizasse mais os contrastes, a música muitas vezes destoa do tom dramatúrgico seguindo em direção oposta, cenografia e figurinos são excelentes e edição falha em poucas transições.
#Azali, um filme com proposta interessante, mas que, seguindo pelo caminho da seguridade, deixa de ousar e perde relevância dramatúrgica. Uma boa opção para tardes de domingo.
Disponível no Netflix.
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