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Foto do escritorFábio Ruiz

O Céu da Meia-Noite – EUA – 2020


#TheMidnightSky, baseado no romance de Lily Brooks-Dalton, apresenta um cenário apocalíptico, onde a terra está condenada, e onde Augustine, um pesquisador do espaço e doente terminal, tenta evitar o retorno de uma missão espacial a uma lua de Júpiter, descoberta por ele como viável para estabelecer uma colônia. O roteiro de Mark L. Smith, autor de O Regresso, segue a mesma linha desse, uma breve luta pela sobrevivência, mas não consegue criar empatias do expectador com o texto ou as personagens, que são superficialmente apresentadas, apesar dos flashbacks da protagonista. Apesar das tentativas de suspense em torno da menina, esse não se sustenta e fica logo aparente de quem ela se trata, e a revelação final também é facilmente percebida, até para os mais desatentos. As cenas de ação procuram acelerar o ritmo de uma trama, que trata de humanidades, sem muito êxito.

A direção de George Clooney é fraca, e, apesar dos excelentes efeitos especiais nas cenas no espaço, que lembram muito o filme Gravidade, sua condução é bastante confusa. O elenco é bom, sem destaques, e nem mesmo a boa atuação da menina Caoilinn Springall vale ressaltar. A música de Alexandre Desplat é belíssima, mas sombria demais para um cenário já bastante nebuloso. A fotografia é excelente, e o design de produção é muito bom, mas poderia ter ousado mais nos figurinos e cenários. Edição é satisfatória.

#OCeuDaMeiaNoite é um filme morno, monótono, pouco interessante, que tenta abordar questões de humanidade, mas o faz tão superficialmente, que acaba por não cativar interações emotivas com o expectador, que nem se move com a revelação final, pois essa é facilmente dedutível. Um filme para uma tarde chuvosa.




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