O escolhido pelo México para o Oscar 2021, é mais uma outra jornada de amadurecimento que diferencia-se das demais por conta da questão imigratória tão em voga no momento e da abordagem da luta pela sobrevivência ao mesmo tempo em que foca na desesperada batalha pela afirmação de identidades culturais em terras estrangeiras.
Centrando no movimento contra cultural representado pela dança conhecida como “cúmbia” e conhecido na região de Monterrey (México), como “Kolombia”, que retrata a resiliência de um grupo de adolescentes moradores das favelas, contrários as mudanças de atitudes que formavam pequenas gangues ou tribos com nítida e muito estranha identidade visual.
Ainda que a gangue em questão fosse pacífica (apenas um grupo de meninos e meninas querendo se divertir), era necessário disputar territórios com outras bem mais violentas, formatando um bem montado desenho de dois contextos díspares de sociedade em um conto ficcional sobre o acachapante urbanismo.
Infelizmente, em #ImNoLongerHere, o ritmo lento e a não linearidade narrativa com constantes flashbacks prejudica a perfeita compreensão dos tempos exigindo do expectador muita atenção aos detalhes enquanto camadas de identidade vão sendo descascadas primeiramente no embate linguístico e, posteriormente, na inevitável mudança do presente rumando para o futuro.
Assim, #Yanoestoyaqui, com seus longos planos imóveis e tomadas amplas sempre abrangendo um plano real e outro ao fundo, é um trabalho sensível e, convenientemente oportuno em tempos de imigrações, mas que se esquece quando acaba.
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