O novo filme de Edgar Wright (Baby drive), é uma salada mista de gêneros, com muitos sabores passando desde a comédia ligeira para viagens no tempo com resquícios de paranoia, um pouco de mediunidade, muita psicodelia, sonhos, pulsares de neon, fragmentação em espelhos, numa atmosfera vintage e sanguinolenta buscando originalizar o conceito de filme de terror psicológico; mas tem Thomasin McKenzie e, isso, é o bastante para levar-nos até o final.
O roteiro caleidoscópico (que insere uma mãe sem nenhum sentido ou propósito), vacila e tropeça algumas tantas vezes enquanto a trama não resiste a um olhar mais apurado ou mesmo inovador que acompanhe a quase genial cinematografia, a trilha sonora e os figurinos que compõem uma estética que seria impecável se não pecasse feio quando adentra nos espalhafatosos efeitos especiais.
A presença de um grandioso Terence Stamp parece algo forçado ou costurado no roteiro uma vez que sua personagem não só é dispensável como irrelevante para a trama, porém a presença da recém falecida Diana Rigg (a quem o filme é dedicado) compensa essa bobagem e Anya-Taylor Joy ajuda também.
Enfim, #LastNightinSoho, assemelha-se a uma montanha russa, montada nos anos 60, em Londres, que provoca emoções nas subidas e quedas, mas com muitos trechos planos e sem graça, mas que entretém principalmente um público mais jovem para quem foi construída.
Mas tem Thomasin McKenzie !!!
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