O estilo narrativo #Jallikattu é bastante original, não é um “ensemble” de personagens, mas de conflitos que se apresentam no fio condutor constituído pela câmera, onde essa se encontra, sem formar nexos necessariamente entre cenas, e apresenta as divergências e convergências em um vilarejo depois da fuga de um búfalo. O texto é bastante verossímil até o resgate do búfalo de um poço, a partir de quando, propositadamente, agudiza conflitos, em cenas de luta que parecem dignas das de “wrestlers”, faltando apenas os uniformes extravagantes. O desfecho explicita desnecessariamente a mensagem do texto, já óbvia pelas imagens.
A direção é bastante criativa, e seria excelente não fossem as cenas de lutas que tangenciam o pastelão. O elenco é coeso e funciona muito bem dentro do contexto pretendido. A fotografia é ótima e reforça os discursos do roteiro, especialmente nas cenas noturnas. Vale também destacar a edição entre os critérios técnicos, pois se tornou um dos condutores narrativos, constituindo também a dramaturgia, uma edição menos proficiente comprometeria o resultado e a estória.
Um filme interessante, Jallikattu perde sua força ao menosprezar o entendimento do espectador no final, e por algumas cenas rocambolescas. Uma opção interessante para preencher o tempo.
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