Recém saído do Festival de Berlin (só podia), esse conto sobre um mundo futuro, mas situado no presente, busca provocar reflexões sobre vários assuntos já bem explorados dentro do gênero: A diferença entre humanos e máquinas, o que nos faz humanos, nossas relações com as tecnologias e o quanto elas podem suprir nossas necessidades e carências uma vez que o ser humano, desde sempre, está em busca do parceiro (a) ideal para afastar a solidão.
#ImYourMan, não satisfeito em repetir temas já visitados em Blade Runner (1982), Ela (2013) e Ex Machina (2014), só para citar três exemplos, ainda insiste em repetir e transitar pelo o dicotômico paralelo entre humanos cada vez mais robotizados e maquinas que vão se humanizando seguindo numa alternância de gêneros que ora oscila entre comédia romântica com clichês do gênero, ora ficção científica, ora comédia de absurdos com pretensões filosóficas.
#IchbindeinMensch, cai na armadilha de repetir a questão dos humanoides para forçar questionamentos sobre a sociedade contemporânea, constrói algumas subtramas que ficam pelo caminho, apresentando em seus longos cento e cinco minutos enorme falta de criatividade para inserir seus interessantes personagens em um roteiro menos inconsistente.
O representante da Alemanha no Oscar 2022, busca de maneira simplória fazer perguntas sobre a sociedade atual, mas esquece de oferecer ao espectador qualquer resposta ou mesmo um ponto de vista autoral, concluindo num anticlímax retumbante.
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