Analise 1.726
A A24 sempre foi, ou era, sinônimo de qualidade cinematográfica, quase um selo de grandes produções e, somando-se ao fato de Hugh Grant estar aparecendo nas listas de premiações indicado a Melhor Ator, inclusive no Globo de Ouro, não tem como não ver ainda que o gênero terror não seja meu preferido.
No suspense dirigido por Scott Beck e Bryan Woods, os mesmos de Um Lugar Silencioso que você pode ler clicando aqui, sem dúvida é o ótimo e sombrio trabalho de Hugh Grant que segura todo o filme que peca acintosamente com seu roteiro muito fraco e uma evidente falta de ritmo que leva os cineastas a terem que recorrer a truques de filmes de terror ( que nem sempre fazem sentido) para manter o pico de tensão.
Fato é que o filme começa de maneira bem intrigante abrindo espaço para pontos bastante interessantes, mas os últimos 30 minutos da narrativa vai perdendo a força e, quando a revelação final nos chega tudo se nos parece uma grande perda de tempo, uma vez que qualquer vestígio de originalidade ficou na primeira parte e se perdeu ainda que a premissa de desafiar as religiões seja interessante.
As atuações de Hugh Grant e Sophie Thatcher acabam por salvar o filme e, ainda que os roteiristas em nada acrescentem de original na estória, o trabalho deles na direção consegue criar uma atmosfera tensa através de um trabalho de câmera excepcional e a trilha sonora alinhava muito bem os momentos de tensão, entretanto a falha em criar um final forte e marcante para que lembremos dele pós créditos o leva para a categoria de assistível numa tarde chuvosa e esquecível assim que acaba.
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