Escrito, dirigido, produzido e atuado por Viggo Mortensen em sua primeira incursão por de trás das câmeras, esse mais um drama sobre uma família desestruturada com foco no patriarca racista, homofóbico e intransigente até o limite do insuportável, busca retratar o quanto o mau humor e a agressividade na juventude / maturidade pode derivar em uma senilidade perniciosamente violenta e destrutiva para todo universo familiar por gerações.
Inicialmente, essa premissa, apesar de não trazer novidades além de uma abordagem de máxima tolerância e perdão por parte dos filhos, segura bem a estória em seu primeiro ato criando em nós, ao mesmo tempo, sentimentos de indignação e revolta diante de abusos nunca replicados, porém, a repetição sistemática deles – ampliada pelas constantes analepses – desgastam o conflito pela ausência de subtramas adjacentes.
Viggo tem a delicadeza de ceder o protagonismo ao veterano Lance Henriksen na pele de um dos mais abomináveis personagens do cinema desenvolvido de forma colossal pelo ator, enquanto se reserva a um papel de contra ponto passivo por demais até o limite do humanamente impossível numa forçada demonstração de bondade, paciência e perdão difícil de ser crível.
Tecnicamente não há grandes destaques a não ser o excesso de closes, a ausência de relevantes personagens secundários – embora a generosidade do roteiro contemple todos com pelo menos uma fala importante -, e bons diálogos que não são o bastante para tornar #Falliing um trabalho memorável ainda que repleto de boas intenções.
TRAILER:
תגובות