Há duas maneiras de apreciar Duna: Através da visão de quem leu os livros e ou assistiu a versão de 1984 de David Lynch que, obviamente, estarão familiarizados com a quantidade de mundos do universo, as inúmeras casas governamentais do império galáctico, a gama de povos, os jogos de intrigas e disputas pelo poder, religiões e seitas e, claro, os nomes estranhos que designam tantos povos e, a visão de quem assiste essa magnífica epopeia pela primeira vez. Os primeiros levarão vantagens certamente, mas os segundos, ainda que possam perderem-se ligeiramente nas pré-condições que originaram a trama, certamente ficarão maravilhados também, pois Villeneuve construiu seu filme para todos os públicos.
E, sim, ele foi inteligentíssimo ao não tentar compactar obra tão extensa em um único filme, preferindo trabalhar nuances num ritmo mais lento dando mais espaço para o diretor de fotografia, Greig Fraser, para criar visuais absolutamente impressionantes em todos os quesitos transformando #Dune num épico de magnitude exponencial como nunca visto nos cinemas. E, por falar em cinemas, definitivamente não é épico pra ser absorvido em telinhas. É uma apoteose pra ser vista na maior tela possível sob pena de perder a magnitude do projeto.
#Duna não pode ser mensurado em palavras, pois por melhor que elas sejam, jamais conseguiriam exprimir com precisão o design de produção, seus efeitos visuais, a perturbadora trilha sonora de Hans Zimmer, a mixagem de som, a fotografia e o deslumbrante figurino.
Ok que o elenco não brilha – mas não compromete -, por conta de escalação que buscou rostinhos (comerciais) conhecidos de outras sagas com exceção do ótimo Timothée Chalamet que absorve com perfeição as sutis nuances de amadurecimento de Paul Atreides e, falar mais qualquer coisa sobre essa invocação de todos os nossos sentidos, escrever sobre essa alucinação arrebatadora e irrepreensível que nos afunda nas areias do deserto de Arrakis em suas 2 horas e 35 minutos, jamais a descreveria.
Então, apenas vá e veja, mas não se esqueça que “Este é apenas o começo”
Amém!
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