O diretor, fotografo, dramaturgo e produtor alemão, Wim Wenders, é uma verdadeira lenda do cinema, já tendo apresentado obras que entraram para a galeria dos filmes inesquecíveis. Então, quando se descobre que acabou de lançar um novo filme, é inevitável que um cinéfilo que se presa se apresse a assistir, ainda mais quando se trata do Candidato ao Oscar 2024 pelo Japão e que o ator protagonista saiu do Festival de Cannes com o prêmio de Melhor Ator.
Ao focar toda sua atenção e, quando digo toda, é toda mesmo no homem culto, gentil, sensível que lê autores clássicos, ouve rock ocidental em fitas cassetes, coleciona-as, não tem computador, televisão, e vive preso a uma rotina imutável enquanto ganha a vida limpando com esmero invejável banheiros públicos de Tóquio. Todos os dias.
O herói de Wenders, não tem vida social, família presente, fala pouco a beira do nada, e, metodicamente e sistematicamente segue sua rotina diária e noturna.
Ao que parece, o roteiro deseja “elogiar” ou trazer à luz, de forme impecavelmente bem construída a existência desses milhões de trabalhadores anônimos executando tarefas importantes dentro de uma sociedade / cidade ou metrópole, mas que ninguém almeja ou mesmo os vê. Legal!
O problema de #PerfectDays são os 125 minutos em tela com tarefas repetitivas e banais que fazem a genuína alegria da personagem, mas e ao mesmo tempo, também nos desgastar ao limite do tédio.
Por certo deve haver muito mais por trás de #DiasPerfeitos, selecionado entre os 15 Melhores Filmes Internacionais, mas o agastamento me impediu de perceber.
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