Analise 1.725
Vencedor do Urso de Ouro do Festival de Berlim 2024 e representante do Senegal na disposta a Melhor Filme Internacional no Oscar 2015, esse documentário que tem aparecido indicado em várias premiações, parte de uma ideia interessantíssima e pouco explorada para abordar um tema relevante, mas se desenvolve de maneira maçante.
A diretora e atriz franco senegalesa, Mati Diop, que já ganhou em Cannes com “Atlantic” que pode ser lido clicando aqui , parte do fato de que em novembro de 2021, vinte e seis tesouros reais do Reino do Daomé vão deixar Paris para serem devolvidos a atual República do Benim após uma pilhagem, em 1892, pelas tropas coloniais francesas que surrupiaram milhares de peças de cunho histórico do país.
Numa decisão criativa do roteiro, a diretora personifica uma das peças e insere vários monólogos filosóficos dando-lhe uma voz em off sobre sua vida de expatriada voltando à terra natal.
No entanto numa obra de apenas 65 minutos, algumas cenas se alongam por demais como os debates dos jovens politicamente engajados sobre a parca restituição das obras, a colonização estrangeira e do estado precário da educação no país. Interessante sim, importante também, porem cansativo já que inúmeros e relevantes pontos ficam apenas nas sugestões fazendo de Dahomey um documentário mais que relevante e, no entanto, nunca empolgante.
Esse Urso e eu nunca nos entendemos bem.
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