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Foto do escritorFábio Ruiz

Cruella – EUA – 2021



#Cruella tem muitos atrativos que o fazem interessante, as interpretações impecáveis de Emma Stone e Emma Thompson, um elenco bastante carismático e competente, uma estética belíssima e uma direção diferenciada, mas é só, e falta texto. O roteiro, apesar de bem escrito, traz uma história comum, dentro do estereótipo Cinderella, com algumas reviravoltas interessantes, uma picardia salutar pouco vista em filmes da Disney, que, infelizmente, abraçou o politicamente correto, e mais nada, pecando demais na previsibilidade.


A direção de Craig Gillespie, de I, Tonya, acrescenta muito ao fraco roteiro, especialmente, as ótimas tomadas em movimento, além de conduzir o elenco com mãos firmes. Emma Stone e Emma Thompson fazem o delas esperado, atuações primorosas, mas é no elenco coadjuvante onde há excelentes destaques, como Joel Fry, Paul Walter Hauser, Kirby Howell-Baptiste e John McCrea, além do ótimo, Mark Strong. Cenários e figurinos mantêm o altíssimo padrão Disney, a fotografia é excelente, particularmente nas tomadas noturnas, e a música, apesar de cativante, torna-se apelativa e, às vezes, desconexa, abusando dos sucessos da época, que parecem não obedecer o fluxo temporal da trama.



Um filme interessante que aproxima muito Cruella da anarquia de Coringa, mas que não passa de um conto de fadas às avessas.

Vale assistir.





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