O vencedor de Melhor Roteiro no Festival de #Cannes2022 e também um dos 15 semifinalistas ao #Oscar2023 representando a Suécia, é um thriller de espionagem com altíssimo teor político-religioso com boas pitadas de suspense, muita corrupção de poder e quase nenhuma ação aos moldes hollywoodianos.
Tendo como plot central a estória de um humilde pescador que ao ingressar na faculdade se vê aleatoriamente escolhido e mergulhado até o pescoço na trama de um processo eleitoral – e nas manobras dele - para a eleição de um grande líder religioso, mas que seja o candidato mais conveniente ao governo central.
Num país onde religião /governo/poder estão intrinsicamente ligados para dominação das massas (o que escapa levemente de nossa compreensão ocidental), e onde a dicotomia entre ortodoxos ensinamentos religiosos entra em confronto com modernas e escusas técnicas de manipulação de resultados, #BoyFromHeaven cumpre seu papel denunciatório com louvor ainda que ocupando um tempo de tela que o deixa bem perto do cansativo.
O premiado roteiro ampara-se no embate entre poderosas instituições que muito pouco (ou quase nada) são conhecidas por nós o que embaralha levemente o pico de interesse sem o comprometer inteiramente uma vez que também é, ao seu modo, uma estória de amadurecimento (e isso é universal), levando-nos com certo arrasto até muito perto do fim onde todo o clímax da trama nos espera.
Não, não chega a ser um estonteante “Plot twist”, mas agrada a todos quando o inocente e tímido protagonista surpreende mostrando-se mais inteligente e sagaz que seus algozes.
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