Há mais cinema de qualidade no mundo que o monopólio Hollywoodiano gostaria que você soubesse e esse é o caso da mega produção asiática #TheLegendofTomiris, um épico de aventura grandioso sobre personagem lendária pouco conhecida no ocidente, mas felizmente, o cinema cumpre uma de suas funções primárias que é trazer informações.
Assim, a produção do Cazaquistão busca homenagear a guerreira rainha dos massagetes, um povo nômade das estepes, levando-nos a um momento da história onde acompanhamos não só as bárbaras disputas tribais repletas de saques e mortandades entre povos e clãs desunidos através da menina alijada em tenra idade de sua família e despojada de sua herança nobre que, ao longo dos anos e de muitos infortúnios consegue, através de sua bravura e de sua inteligência aguçada, derrotar o império persa, matando o lendário imperador Ciro, o Grande.
O famoso cinegrafista Akan Satayev (sim, a Ásia central tem muitos), baseado nos relatos de Heródoto, porém usando de liberdades criativas, faz uma ode não só a rainha amazona e arqueira destemida, mas a todo um exército e uma escola de guerreiros onde a elite de comando é composta também por mulheres permitindo que atrizes assumam um protagonismo muito maior que o elenco masculino.
O drama ficcional de aventura sem nenhuma pretensão de ser documental, nitidamente construído com orçamento grandioso, investe na magnífica beleza natural das paisagens de seu país enquanto o design de produção cria uma ambientação, figurinos e adereços preciosos onde a trilha sonora ambiente empolga mesmo que a fotografia, sempre muito sombria, acabe apagando um pouco do merecido brilho durante suas duas horas e trinta de projeção, divididas em dois atos, que poderiam ser mais condensados.
Mesmo que o recurso do CGI aéreo usado para retratar a vastidão dos territórios e exércitos em eminente conflito seja de qualidade algo duvidosa, a atriz Almira Tursyn, em seu papel de estreia, ilumina a tela em performance robusta (e todo elenco feminino), enquanto as várias sequencias de batalha denotem uma perfeita coreografia tecnicamente mais que realista.
Assim, #Tomiris, configura-se num cinema de ação com elementos históricos, com óbvia ótica sobre o poder de mulheres, esposas, mães e líderes que aglutinam um povo em causa nobre e que, pelo conjunto ofertado, merece toda a atenção de aficionados no gênero.
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