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  • Foto do escritorCardoso Júnior

A Grande Lilian Hall - EUA – 2024

Analise 1.685

A produção original da HBO que tem no elenco ninguém menos que Jessica Lange, Kathy Bates, Pierce Brosnan entre outros, toca num tema já bastante explorado pelo cinema que é a saúde mental, no caso, o início da demência e suas tristes consequências. Quem não se lembra do espetacular “Para Sempre Alice”  que você pode ler aqui que deu o Oscar para Julianne Moore ou do também altamente Oscarizado “O Pai” que pode ser lido aqui , Sem esquecer do também premiadíssimo “Amor” que pode ser encontrado clicando aqui Supernova aqui. 

 

Então, eu poderia dizer que não há novidade alguma em#AGrandeLilianHall, mas há! Há a grande Jessica Lange com dois Oscars, dois Emmys e uma indicação para seu segundo Tony dando uma verdadeira aula de como dar um espetacular show de atuação em cinema e teatro e, só isso já basta para chamar a atenção de qualquer cinéfilo.


Lange, como a sua personagem, são atrizes que garantem bilheteria certa e emoções concretas e, aqui, amparada por uma sempre incrível Katy Bates e a participação segura de Pierce Brosnan ela brilha na pele de uma fictícia e famosíssima atriz da Broadway que, estando prestes a estrear um mega espetáculo, se vê, repentinamente, esquecendo suas falas e sofrendo de breves episódios de desorientação ameaçando não só o lançamento como também toda sua estrutura emocional.


Com esse plot bem simples o roteiro segue acompanhando a jornada emocional da protagonista, seu desejo pelos holofotes em contraponto com seu diagnóstico que, fatalmente, lhe roubará a memória coisa fundamental para um ator.


Os conflitos que acompanham o roteiro são inteiramente os de praxe: esconder a doença, lutar pra chegar na estreia, uma filha negligenciada, memórias da infância, do marido já falecido o que faz muito pouco pela estória em si ainda que consiga alguns momentos pungentes e um certo grau de tensão do espectador sempre na torcida para que se conclua um último ato, apesar da piora dos sintomas.


Trata-se aqui de uma produção modesta, feita para a TV, mas com uma cinematografia bonita, alterando trechos em preto e branco com superposições em vermelho e cereja trazendo reflexões sobre a vida e o envelhecimento fazendo uma interessante paridade entre a vida real da atriz e a vida de sua persona na peça teatral, sempre e sempre e sempre com uma Lange no auge de sua carreira como atriz equilibrando com muita perícia uma mulher no ápice de sua tristeza e incertezas agarrando-se com unhas e dentes a força da vida e ao poder incomensurável da arte.





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