Claro que todo cinéfilo já viu ou ouviu falar da estátua do cão Balto que fica no Central Park,que já apareceu em inúmeros filmes ou mesmo conhece a trilogia animada oriunda do filme “Balto” (1995), sobre esse valoroso cão responsável ( até então), pelo sucesso da jornada de 600 milhas em 1925 no Alasca para trazer o soro necessário para tratar o surto de difteria que ameaçou a vida de inúmeras crianças.
O roteiro de #Togo chega para, ao menos aos olhos do diretor e roteirista, contar a verdadeira história do real cão responsável pela façanha, desmistificando e explicando como o verdadeiro herói foi casualmente confundido e trocado pelos jornais da época. Ok, eis um drama poderoso, mas também é claro que a Disney nunca traria esse belo conto para as telas se não aparasse bem as arestas mais pontiagudas, amainando o foco dos conflitos mais adultos oscilando entre o tenso drama do presente e um passado de fofuras e traquinagens caninas.
Sim, Togo constrói ótimos momentos de tensão nas boas sequencias de ação, impressionantes CGI, ( em se tratando do gênero são perdoados), ótima fotografia, edição mais que primorosa ( que nos faz crer na interação dos cães com os humanos), atuação empática de Willem Dafoe e, tão óbvio quanto claro, uma mensagem para nunca desistirmos frente as adversidades.
Embora a enorme previsibilidade narrativa permeie seus 1:50 minutos configurando nitidamente o gênero “bom entretenimento” adequado à plataforma de streaming, “Togo” com sua simplicidade é uma produção digna e bem realizada, principalmente por avançar amorosamente no futuro de uma história que “Balto” encerra na conclusão da missão.
Vale a distração.
Ps1: Disponível em VOD
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