O documentário finalista no Oscar 2029 focado na Fuyao (empresa chinesa fabricantes de vidros automobilísticos), que adentra território americano para montar sua grande fábrica, a produção da Netflix aborda tantos assuntos ao mesmo tempo que fica maçante acompanhá-la em suas quase duas horas de duração.
Primeiro, e levemente interessante, vem a apresentação da integração dos funcionários ultrapassando as barreiras linguísticas para, pouco depois, focar nas contendas culturais entre americanos e chineses por conta da morosidade dos primeiros e da dedicação quase escrava dos segundos.
Na sequência, o roteiro desvia-se para a vertente da composição de um sindicato que represente ou não os trabalhadores americanos (algo impensável para chineses), mas abre o foco novamente para uma viagem de representantes americanos para a sede da empresa na china e a constatação da enorme carga horária de trabalho dos funcionários locais.
Não obstante, a narrativa ainda abre brecha para apontar, de forma abrupta, o tema da troca da mão de obra humana por maquinas inteligentes que, sem dúvida, é questão preocupante para qualquer operário que trabalhe em linha de montagem.
Assim, com temas muito interessantes abordados, #IndústriaAmericana faz um genial e inteligentíssimo paralelo sobre liberdade e escravidão sem se posicionar a favor ou contra A ou B,, mas alertando o mundo e as pessoas inteligentes sobre o enorme perigo que representa a ‘mentalidade” trabalhista de um povo robotizado pelo sistema socialista e, certamente, surpreenderá na temporada de premiações.
Vale cada minuto de comprovações.
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