Eis mais um exemplo da mesma e reinventada “bomba de chocolate” hollywoodiana: Do lado de fora, para chamar bastante a atenção, três grandes atrizes do momento e, como recheio, um roteiro baseado em fatos polêmicos.Pronto,é só colocar nas vitrines que atrairá.... Bom, pelo menos muitas moscas. E eu fui uma delas.
Utilizando-se de edição frenética, estilo documentário de TV, #Bombshell é o exemplo do que sempre digo: Cinema precisa ser uma história bem contada e, #OEscândalo, erra feio, muito feio nesse quesito ao manter o “estilo” de direção do Adam Mckay (A Grande Aposta), com narração didáticas, letreiros explicativos, muitos zooms e quebras da quarta parede para tentar formatar um filme-denúncia que apenas tangencia as questões importantes através de personagens que o roteiro comete o pecado de simplificar o máximo possível generalizando o todo.
Em se tratando de tema importante e de um momento importante para o mundo, a abordagem dos quatro pontos de vista destrói qualquer tentativa dramática, resvalando para caricaturas em ação destituídas de motivações em prol da composição de vários clichês que vão anulando toda e qualquer possibilidade de criar alguma empatia com o expectador por reduzir uma boa história em vítimas que se tornam heroínas na luta contra o vilão. Ou vilões.
Com fotografia e ângulos que abusam do “plano americano” e um roteiro que abre mão da natural complexidade temática pra resvalar na quase comédia, desperdiça uma cena que deveria ser altamente incômoda e constrangedora (Magot Robbie- calcinha), transformando-a em algo próxima da paródia num evidente desfoque conceitual.
Assim, eis outro caso que elenco não sustenta a insustentabilidade de um roteiro altamente contraditório e meramente comercial.
Ps1: Distribuído pela #PARISFILMES chega nos cinemas nacionais em 16 de janeiro.
TRAILER