O candidato ao #Oscar2020 pela Finlândia é muito coerente com o titulo por focar as besteiras e loucuras que adolescentes sem referencias paternais fazem quando apaixonados e as consequências e sequelas que tais atos deixam pra vida adulta.
Ao abordar novamente o tema dos adolescentes oriundos de famílias disfuncionais, a diretora Selma Vihunen amplia a questão adentrando a seara da gravidez na adolescência, algo que infelizmente vem aumentando no mundo todo, e insere também um importante tópico sócio-político refletindo a onda de imigração na Finlândia e a conseqüente escassez de trabalho para as novas gerações abrindo perigosas portas para discursos de ódio e, até do surgimento de grupos neonazistas.
Com tantos temas relevantes e atuais, é uma pena que tanto seus personagens como desenvolvimentos fiquem na superfície dos tópicos propostos carecendo de maiores aprofundamentos, optando por uma narração convencional das questões muito bem sustentadas pela química entre os dois carismáticos jovens amadores transformados em protagonistas.
Com boa fotografia e trilha sonora, #StupidYoung Heart é um bom drama sobre e para adolescentes quando trabalha com estudo de personagens que esperam um filho enquanto ainda filhos são, porém mesmo com investimento temático interessante e sua ótica alegre, o roteiro, quase imobilizado frente as questões levantadas agrada, atrai mas não decola.
Não vai dar, Finlândia
Ps: Disponível em VOD
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