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Foto do escritorCardoso Júnior

O Tradutor – Cuba -2019

Atualizado: 9 de ago. de 2020


Após estréia no Festival de Sundance, #Otradutor chega aos serviços de streaming com uma história tão verídica quanto espinhosa, mas contada através de um roteiro tão horroroso, tão repetitivo, tão repleto de cenas desnecessárias (que duas linhas de diálogo teriam resolvido algumas), que até um final para a biografia esqueceram de providenciar.

Dirigido pelos filhos do biografado de maneira tão amadora que os enquadramentos fechados, na maioria do tempo, não trazem nenhuma inovação e, quando partem para planos abertos é sempre numa panorâmica onde o mar está sempre horizonte. Simbolizando? Nada! A trilha sonora é invasiva, a edição é péssima haja visto que não leva em conta dinamizar um ritmo próximo do entediante mantendo cenas que em nada acrescentam para o conjunto da obra e, outras, que a simples decisão de prender o cabelo da atriz, não a faria ter que lutar com ele contra o vento no melhor estilo “boneco de posto”.

O roteiro também peca e peca feio ao tentar dramatizar com grande elenco infantil vivenciando situação dramática que só consegue sensibilizar em raros momentos desperdiçando, por puro amadorismo, ótimas oportunidades de construir uma obra tocante de verdade ou, um ótimo ensaio sobre questões sócio-políticas se um didatismo repetitivo não viesse colocar por terra a intenção.

Portanto, mesmo contando com uma iluminação acertada e uma pobre, porém interessante cenografia de adereços, o que se salva em #UnTraductor ou nesse engano narrativo onde nem mesmo os personagens principais recebem maiores profundidades existenciais, nem solucionam seus conflitos ( os diálogos só pioram isso), é a presença de um Rodrigo Santoro brilhando em muitas cenas, esbanjando um trabalho de ator que reflete em outras línguas e sua coadjuvante, Maricel Alvarez( Biutiful) que sustentam com galhardia uma história bonita sim, todavia precariamente contada.

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Ps1 : Disponível em VOD

TRAILER

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