#OnTheBasisOfSex, título original e mais representativo do que a tradução para o português, acompanha a trajetória de Ruth Bader Ginsburg, a segunda mulher confirmada à Suprema Corte americana, em 1993, entre 1956, quando ingressa em Harvard, até a conclusão do caso que a lançou no cenário jurídico como defensora da igualdade dos direitos de gêneros.
O roteiro de Daniel Stiepleman equilibra o ritmo e o conteúdo, priorizando o último, sem comprometer a agilidade, e se aprofunda na saga da protagonista, mantendo o justo distanciamento em prol da imparcialidade. Daniel, inicialmente, estratifica excertos relevantes, na passagem de Ruth por Harvard, das discriminações sofridas, que a apontaram na direção da defesa da igualdade de gêneros, confirmando essa em 1970, quando a protagonista, apesar de seu currículo exemplar, não consegue uma posição em firmas de advocacia, aceitando uma como professora, e um caso, que seu marido lhe oferece, cujo recurso poderá abrir caminhos em sua luta. Após o estabelecimento do conflito principal, o texto focaliza as estratégias, jurídicas ou não, traçadas por Ruth, sua família e parceiros para elaborar o referido recurso até a sua conclusão, em narrativa neutra, legando a paixão aos atores, na justa proporção, e aos espectadores, na de seus sentimentos.
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