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Foto do escritorFábio Ruiz

Capitã Marvel – EUA – 2019

Atualizado: 8 de ago. de 2020


Um divisor de águas, Capitã Marvel, separa duas grandes curvas dramatúrgicas, a iniciada há oito anos, com Capitão América: O Primeiro Vingador, e a primeira aparição de uma joia do infinito, o Tesseract, subsidiando Vingadores: Ultimato com a saga de Carol Danvers, que nesse retornará para ajudá-los a derrotar o terrível Thanos; e outra, que parece surgir de seu universo, com os Skrulls, Goose, o gato, o aprofundamento nos mundo e raça Kree e as amigas humanas da protagonista, e que deverá, nos próximos dez anos, nos apresentar novas aventuras dos heróis da Marvel.

O roteiro, de Anna Boden, Ryan Fleck e Geneva Robertson-Dworet, faz uso de “flashbacks” muito bem contextualizados para retomar e revelar, tanto para os espectadores, quanto para outras personagens e a própria protagonista, elementos de seu passado que constroem a espinha dorsal dramatúrgica de #CaptainMarvel, uma jornada de conhecimento e autoconhecimento de Vers, uma suposta Kree, repleta de questões e poderes que desconhece. Uma história simples, mas nem tanto empolgante, pois como no primeiro filme do Capitão América, tem a função de planificar o terreno para futuras continuações do universo Marvel em detrimento da própria saga, mas o texto é bem escrito e coeso, tanto intrinsecamente, quanto com os antecessores da última década. O filme ainda conta com duas cenas pós-créditos, a primeira liga pontos e apresenta prováveis futuras arestas; a segunda, apesar de parecer inócua e simplória, lança luzes sobre novas aventuras e elementos desse vasto universo.

Os critérios técnicos são impecáveis como usualmente, vale ressaltar a trilha sonora, a cenografia e figurinos que remontam à década de 90 com primor e nostalgia. A Marvel não brinca em serviço quando se trata de seleção de elenco. Brie Larson, vencedora do Oscar, está excelente no papel, apesar dos excertos apresentados nos trailers incitarem dúvidas quanto a sua adequação, e faz com Samuel L. Jackson, também notável, uma das duplas mais coesas e carismáticas desse universo, tornando-se um show à parte. Annette Bening é extremamente precisa na dualidade requerida pela personagem, Jude Law e Ben Mendelsohn, idem. O grande elenco é todo competente, mas se destacam Gemma Chan, a Minn-Erva, e Lashana Lynch, a Maria Rambeau.

#CapitãMarvel, certamente, não está entre os melhores ou mais empolgantes filmes da Marvel, mais por estratégias do estúdio do que por merecimento, mas como o Capitão América: O Primeiro Vingador, deixará sua marca e abrirá veredas nesse vasto jardim criado por Stan Lee, lindamente homenageado na abertura, entre outros. Vale assistir.

TRAILER

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