É muito possível que você nunca tenha ouvido falar sobre Ruth Bader Ginsberg, mas tenha certeza que você, mulher, deva a ela uma série de “direitos” que hoje usufruem com imensa naturalidade. Mas não, não era assim tão simples nos anos 50,60 e 70 quando mulheres só podiam ser esposas com mesadas dos maridos em um mundo onde os homens exerciam total poder na sociedade, no mercado de trabalho e na feitura das leis.
O documentário, realizado pela #CNN, um dos cinco finalistas ao #Oscar2019, acompanha a vida desse autêntico mito sendo um tremendo sucesso de bilheteria, por abordar questões que hoje nos parecem impossíveis de terem existido por conta do tamanho absurdo das questões das desigualdades e preconceitos de gênero.
Ao seguirmos a cine-bio de Ruth, da infância até seus atuais 85 anos de idade, descobrimos sua luta e relevância para a renovação das leis norte-americanas em prol das minorias/ mulheres que, acabaram refletindo no mundo todo. A narrativa muito bem montada apresenta-nos a mulher de estatura mignon, que quebra paradigmas e se torna uma das primeiras mulheres a se formar em Direito nos anos 1950, sua genial estratégia de apostar primeiro nas pequenas mudanças para atingir o objetivo de igualdade de gênero parcimoniosamente.
O retrato dessa mulher tenaz, reservada e de poucas palavras, que cuidava de uma casa, marido e filha e, da jurista que chegou ao Senado nos anos 80 e foi nomeada por Bill Clinton à Suprema Corte dos EUA em 1993 tornando-se a segunda mulher da história a ocupar tal honrosa posição em uma corte majoritariamente “dominada” por homens é humanamente incrível.
Já tendo inspirado o filme “Suprema”, (2018), com Felicity Jones no papel de Ruth, o documentário não só aposta em curtos depoimentos de familiares e colegas da mais famosa jurista do mundo que, com sua carismática presença nele ainda abdica do tom documental de praxe para usar o humor em vários momentos incluindo “memes” criados por ardorosos fãs que a vêem como a verdadeira super-heroína da vida real. Justo!
Se você não a conhece, vale muito conhecer a vida dessa feroz defensora dos direitos das mulheres, sua humildade e simpatia e o legado que ela deixará para a evolução da humanidade.
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