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Foto do escritorFábio Ruiz

Bohemian Rhapsody – Inglaterra – 2018

Atualizado: 22 de ago. de 2020


Poucos não ouviram falar, ou não ouviram uma música, da banda Queen, que deslanchou no início da década de 70. Mas poucos conhecem os pormenores de sua formação, da receita de seu sucesso estrondoso. Bohemian Rhapsody desnuda a história com sua essência em Freddie Mercury, vocalista da banda.

Freddie está prestes a entrar no palco do Live Aid London em 1985, há uma certa tensão no ar, a câmera o segue até a sua entrada, e a história retoma o ano de 1970, quando Farrokh Bulsara, o futuro Freddie, trabalha no desembarque de bagagens no aeroporto de Heathrow e sonha em cantar em uma banda de rock.

O roteiro de Anthony McCarten narra a trajetória do cantor ao se juntar a Brian May e Roger Taylor, para formarem com John Deacon, o Queen e, oportunamente, seleciona momentos memoráveis de sua estrada, o primeiro sucesso, Killer Queen, os bastidores da criação de A Night At The Opera e, em especial, da música título do filme, entre outros até o retorno ao presente ficcional, em 1985, e, simultaneamente, pinça fatos da vida de Freddie, que revelam sua criação, seu amor por Mary, sua sexualidade, sua personalidade e brilhantismo, como também os percalços, a vida desregrada, as drogas, a AIDS.

A direção de Bryan Singer é espetacular, tanto nos enquadramentos, nas tomadas e no movimento das câmeras, melhor evidenciado na fabulosa sequência do Live Aid; mas também na direção do elenco. Rami Malek compreende as tensões e conflitos pessoais, especialmente internos, e profissionais de Freddie, em atuação gigantesca, vide as cenas entre ele, Mary e Paul em Munique. Gwilym Lee e Joseph Mazzello estão excelentes como May e Deacon, respectivamente, e a semelhança física impressiona. Ben Hardy, como Taylor, apesar de fazer um bom trabalho, não se compara aos outros três. Lucy Boynton e Allen Leech, como Mary Austin e Paul Prenter, também merecem elogios, e o resto do elenco é competente.

O filme é tecnicamente impecável, especialmente, na captação, edição, mixagem de som, e, obviamente, a música.

A brilhante trajetória de Mercury e do Queen, contada com uma linguagem interessantíssima e com muito esmero, só se perde ao final na apresentação de todas as músicas no Live Aid, quando uma única seria o suficiente, mas para os amantes, e até conhecedores, do cantor e da banda será uma jornada emocional que arrancará lágrimas em diversos pontos da projeção. Imperdível.

PS : Em cartaz.

TRAILER

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