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Foto do escritorCardoso Júnior

Maudie- Sua Vida e Sua Arte-Irlanda- 2017

Atualizado: 21 de ago. de 2020


Ao receber grande destaque por sua atuação em “A Forma da Água” este ano no Oscar 2018, muitas pessoas, menos familiarizadas com o cinema se surpreenderam com um novo nome e rosto: O da britânica Sally Hawkins!

O fato é que Sallly já vem colecionando papeis de destaque e atuações marcantes desde “Simplesmente Feliz (2008)”, que lhe deu o Globo de Ouro, “Educação (2009)” “Não me Abandone Jamais (2010)”, “Revolução em Dagenham (2010)”, e em “Blue Jasmine (2013)”, sua primeira indicação ao Oscar. Sim, ela estava nele!


E, como o Oscar tem essa “coisa” de tentar fazer justiça no ano seguinte de uma esnobada, Sally despontou, com muitos méritos, em a “Forma da Água” em função de ter sido praticamente ignorada no trabalho magistral que apresentara no ano anterior no belíssimo e contundente “Maude”, biografia da pintora canadense Maud Lewis.

Por certo, existem várias ângulos para abordar uma biografia e o cinema faz isso de várias formas sendo que nesse, a diretora irlandesa Aisling Walsh e a roteirista canadense Sherry White (duas mulheres), optaram por focar a vida dessa outra mulher muito humilde, portadora de artrite reumatóide degenerativa que, a despeito de todas as gigantescas agruras que a vida lhe apresentou, teve suas pinturas reconhecidas até pelo então presidente Richard Nixon, pelo prisma do sofrível e abusivo relacionamento conjugal.

Claro que, um retrato tão difícil de ser captado e transmitido ao expectador só poderia lograr êxito nas mãos, corpo e expressões da incrível Sally Hawkins em um dueto interpretativo de gigantescas proporções artísticas com o não menos talentoso Ethan Hawke. Aqui cabe observar que a vida dessa mulher seria um bom roteiro para um filme de terror e seu relacionamento matrimonial um caso de polícia, mas tanto o roteiro como a direção e principalmente esses dois atores o transformam numa belíssima lição de vida ainda que não forje didatismos nem redenções.

Fugindo totalmente da pegada sentimentalista, mas não descartando um fortíssimo apelo emocional, Sally compõe sua Maud de forma impressionantemente terna, tímida, combalida, mas dotada de uma força interior expressada através da sua arte que chega a comover o mais duro dos corações enquanto todas as partes técnicas da obra chegam em uníssono para corroborar com esse magnânimo trabalho de interpretações.

Sim, “Maude” é o tipo de cinema onde apenas dois atores numa cabana conseguem arrebatar todas as emoções e te catapultar para dentro da história de forma irreversível oferecendo não apenas mais uma biografia, mas uma obra tão impactante e delicada que você nunca mais esquecerá; Nem quem é Sally Hawkins.

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