Há uma verdade inegável que a maioria de nós, almejamos conquistar grandes realizações. Afinal, uma dose de ambição é recomendavelmente saudável. E, de certo ponto, isso parece já fazer parte de nós mesmos. Pelo menos para algumas pessoas.
Ed Helms é um típico ser “esquisitão” que ganha a vida sendo animador de auditório, onde faz várias participações em programas infomerciais. Levando uma vida pacata, após ser reconhecido em um programa de talk show por suas aparições, tem sua rotina completamente transformada, à medida que vai ganhando fama na cidade e essa ascensão à sua imagem lhe acarreta várias consequências desastrosas.
Aqui, é preciso destacar que essa comédia, apesar de simplória, é mergulhada em um roteiro bastante criativo, com doses de humor inteligente permeando entre o diálogo politicamente incorreto e contra positivo. Enquanto vislumbramos a ascensão da personagem de Ed, o vemos definhar em sua vida pessoal, algo que desde o início da trama, já se mostra um tanto inerte, se observada sob a ótica da indiferença. Mas, à medida que vamos conhecendo o universo interno do personagem, podemos avalizar que para ele, sua vida corriqueira é maravilhosa, perfeita e que nessa estagnação está a sua verdadeira felicidade.
E é através desse contexto, que o longa busca levar o espectador a um questionamento quase iterado no nosso pensamento: É preciso muito para ser feliz? Embora não seja minimalista, a história nos apresenta detalhes importantes sobre o que de fato pode nos completar, e que muitas vezes acabamos por deixar se perder no meio de um milhão de ideais e ambições, as quais muitas são frutos apenas do ego de um anseio pelo estrelato. Este que pode ser encarado de várias maneiras, além do simples significado de fama.
The Clapper é um drama-romance investido em uma leve comédia, que nos propõe bons momentos de risos e reflexão, sobre a simplicidade da vida e a felicidade que essa pacacidade pode proporcionar.
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