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Polícia Federal – A Lei é para Todos – Brasil– 2017

  • Foto do escritor: Fábio Ruiz
    Fábio Ruiz
  • 30 de set. de 2017
  • 5 min de leitura

Atualizado: 18 de ago. de 2020


Controversos e polêmicos são todos os filmes baseados em uma história verídica, tão polêmicos e controversos quanto a história que lhes deu origem. Não tenham dúvidas, a contenda pode ser grande, mesmo que abundem fatos, provas, evidências ou suspeitas, há sempre aqueles que irão contestar. E, se os fatos forem recentes, da atualidade, esse cenário é exponenciado inúmeras vezes. O que o espectador talvez ainda não tenha percebido é que a história é política e, como tal, influenciada por suas forças, para o bem, para o mal, ou para o nem tanto. Mas há histórias necessárias, que carecem de filmes necessários. E Polícia Federal – A Lei é para Todos é um filme necessário. Polícia Federal – A Lei é para Todos é um filme relato, contado nos bastidores desse órgão, por integrantes dessa corporação. O filme ilumina o início da Operação Lava-Jato, quase que por acaso, e as coincidências que levaram a PF a começar desbaratar a maior rede de corrupção jamais instaurada neste país; das drogas aos doleiros, dos doleiros aos executivos da Petrobrás, e desses às empreiteiras, das empreiteiras aos Poderes Executivo e Legislativo; ilustra, também, as questões familiares, pessoais e profissionais dos agentes envolvidos na operação, suas crenças, seus posicionamentos políticos e suas revoltas ao desvelarem mais e mais um esquema de corrupção doentio e absurdo. Importantíssimas as conexões e correlações das informações que nos chegavam pela imprensa e redes sociais com o que se passou nesses bastidores mostrado nesse filme. Impressionam a aleatoriedade como Youssef foi preso, as cenas da prisão de Paulo Roberto Costa; da execução dos mandatos de busca e prisão de Marcelo Odebrecht; e, ainda mais impressionante, a da execução do mandato coercitivo contra o Lula, pela empáfia e arrogância não só demonstrada por ele, mas por sua falecida mulher. Lula chega a prometer vingança, não se, mas quando assumisse novamente a Presidência da República. O filme termina pouco depois disso, mas a Operação Lava-Jato continua e ficam gostinhos de quero mais, de saber mais, de acompanhar mais, de descobrir mais. Quem sabe não haverá uma continuação? O roteiro em forma de relato em torno das personagens Ivan e Júlio Cesar é bastante funcional, quase didático. Atinge o seu objetivo de informar em um país onde uma imensa maioria nem lê jornais. Quem sabe neste suporte, nós acordemos e passemos a acompanhar mais, questionar mais e cobrar mais. A direção de Marcelo Antunez é firme, competente, que, talvez, tenha premiado o espectador com as melhores cenas de ação e perseguição já vistas no cinema brasileiro. Bruce Gomlevsky é o grande destaque do elenco, sua atuação é primorosa, as de Antonio Calloni e Flávia Alessandra são excelentes, quase não reconheci a última, João Baldasserini e Leonardo Franco estão muito bem em seus papéis. Marcelo Serrado, apesar da semelhança física com Sérgio Moro, não tem atuação singular. Um grande prazer ver Ary Fontoura no papel de Lula, feito com grande dignidade e destaque. A fotografia e a edição são muito boas, o som surpreendente e a arte também. Incrível o feito Polícia Federal – A Lei é para Todos, extremamente corajoso em tempos polêmicos. Aplausos de pé, principalmente para os atores, por se envolverem em um projeto tão ambicioso e controverso, quando a classe artística brasileira é extremamente politizada e, infelizmente, comprometida. Acredito que tenham sofrido pressões e, não duvido, que para alguns projetos deixarão de ser convidados no futuro. Mas, se não fossem a inconformidade e a coragem, o homem estaria até hoje nas cavernas tentando fazer fogo. Façam valer esse esforço, o assistam de coração aberto, tirem as suas conclusões, pesquisem, questionem e questionem-se, e se informem mais e mais profundamente, essa é a grande mensagem deste filme. Não deixe de assistir. Polícia Federal – A Lei é para Todos – Brasil– 2017Controversos e polêmicos são todos os filmes baseados em uma história verídica, tão polêmicos e controversos quanto a história que lhes deu origem. Não tenham dúvidas, a contenda pode ser grande, mesmo que abundem fatos, provas, evidências ou suspeitas, há sempre aqueles que irão contestar. E, se os fatos forem recentes, da atualidade, esse cenário é exponenciado inúmeras vezes. O que o espectador talvez ainda não tenha percebido é que a história é política e, como tal, influenciada por suas forças, para o bem, para o mal, ou para o nem tanto. Mas há histórias necessárias, que carecem de filmes necessários. E Polícia Federal – A Lei é para Todos é um filme necessário.Polícia Federal – A Lei é para Todos é um filme relato, contado nos bastidores desse órgão, por integrantes dessa corporação. O filme ilumina o início da Operação Lava-Jato, quase que por acaso, e as coincidências que levaram a PF a começar desbaratar a maior rede de corrupção jamais instaurada neste país; das drogas aos doleiros, dos doleiros aos executivos da Petrobrás, e desses às empreiteiras, das empreiteiras aos Poderes Executivo e Legislativo; ilustra, também, as questões familiares, pessoais e profissionais dos agentes envolvidos na operação, suas crenças, seus posicionamentos políticos e suas revoltas ao desvelarem mais e mais um esquema de corrupção doentio e absurdo. Importantíssimas as conexões e correlações das informações que nos chegavam pela imprensa e redes sociais com o que se passou nesses bastidores mostrado nesse filme.Impressionam a aleatoriedade como Youssef foi preso, as cenas da prisão de Paulo Roberto Costa; da execução dos mandatos de busca e prisão de Marcelo Odebrecht; e, ainda mais impressionante, a da execução do mandato coercitivo contra o Lula, pela empáfia e arrogância não só demonstrada por ele, mas por sua falecida mulher. Lula chega a prometer vingança, não se, mas quando assumisse novamente a Presidência da República. O filme termina pouco depois disso, mas a Operação Lava-Jato continua e ficam gostinhos de quero mais, de saber mais, de acompanhar mais, de descobrir mais. Quem sabe não haverá uma continuação?O roteiro em forma de relato em torno das personagens Ivan e Júlio Cesar é bastante funcional, quase didático. Atinge o seu objetivo de informar em um país onde uma imensa maioria nem lê jornais. Quem sabe neste suporte, nós acordemos e passemos a acompanhar mais, questionar mais e cobrar mais. A direção de Marcelo Antunez é firme, competente, que, talvez, tenha premiado o espectador com as melhores cenas de ação e perseguição já vistas no cinema brasileiro. Bruce Gomlevsky é o grande destaque do elenco, sua atuação é primorosa, as de Antonio Calloni e Flávia Alessandra são excelentes, quase não reconheci a última, João Baldasserini e Leonardo Franco estão muito bem em seus papéis. Marcelo Serrado, apesar da semelhança física com Sérgio Moro, não tem atuação singular. Um grande prazer ver Ary Fontoura no papel de Lula, feito com grande dignidade e destaque. A fotografia e a edição são muito boas, o som surpreendente e a arte também. Incrível o feito Polícia Federal – A Lei é para Todos, extremamente corajoso em tempos polêmicos. Aplausos de pé, principalmente para os atores, por se envolverem em um projeto tão ambicioso e controverso, quando a classe artística brasileira é extremamente politizada e, infelizmente, comprometida. Acredito que tenham sofrido pressões e, não duvido, que para alguns projetos deixarão de ser convidados no futuro. Mas, se não fossem a inconformidade e a coragem, o homem estaria até hoje nas cavernas tentando fazer fogo. Façam valer esse esforço, o assistam de coração aberto, tirem as suas conclusões, pesquisem, questionem e questionem-se, e se informem mais e mais profundamente, essa é a grande mensagem deste filme. Não deixe de assistir.

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