Eis uma obra cinematográfica que aborda a questão da segregação racial Americana na década de 60 e, ainda por cima, coloca em evidência a descriminação que as mulheres eram alvo quando se tratava de “ousarem” entrar em pé de igualdade intelectual com os homens sem fazer disto um drama ativista. Bravo!
Embora o título original (“Figuras Escondidas”), seja infinitamente superior ao escolhido por aqui para ilustrar com mais exatidão a narrativa, essa história real é um importantíssimo retrato de uma época (não muito distante e ainda mal resolvido), onde o sexismo andava de mãos dadas com o preconceito de cor e a separação de gênero e raça chegava a ser ostensiva.
Inteligentemente, direção e roteiro não caminha e nem coloca suas três personagens principais em discursos de causas libertárias, preferindo deixar tudo muito claro no encadeamento cênico através das situações, cenas, figurinos e diálogos.
Com três grandes interpretações e direção ágil que insere imagens reais da corrida / disputa espacial entre os EUA e a Rússia, fica notória que o equilíbrio e a forma individual de apresentar essas três brilhantes mulheres lutando por apenas terem a chance de demonstrarem suas capacidades intelectuais, é uma das fórmulas mais bem realizadas dentro do tema no cinema atual.
Sensível, tocante, comovente, revoltante, admirável, leve e inspirador “#HiddenFigures” é um trabalho eficaz que merece e deve ser visto com todo o respeito que os temas ensejam.
Afinal, “alguém tem que ser o primeiro”.
PS: Estreia prevista no Brasil em 02 Fevereiro/2017
TRAILER