Partindo de um plot absurdamente simples sobre um dos fatos mais incríveis da História da Aviação; o arriscado pouso no Rio Hudson que salvou 115 vidas em 2009, Clint Eastwood faz o impossível com apenas três minutos de história.
Outra vez, Clint foca sua narrativa sobre heróis Americanos buscando apresentar uma nova ótica sobre o heroísmo de pessoas comuns analisando, ainda que superficialmente, os componentes psicológicos, inferno e céu, dos consagrados como heróis de verdade dentro de um mundo de realidade concreta. Ponto!
Com pouco material a ser desenvolvido, algumas alternativas para levar a história a 1 hora e 50 minutos, resultaram em algumas opções inteligentes para manter a estrutura e outras nem tanto.
A melhor delas é o foco nos bastidores do pós-fato, que poucos tiveram conhecimento, como a investigação que bota em cheque a legitimidade do herói para, no fim, referendar com mais força ainda sua onisciente bravura.
O mesmo não pode ser dito dos cansativos recursos dos flashbacks, da insistência em forçar empatia com o público através das constantes dúvidas do herói, do enorme desperdício do elenco de apoio que vem para reforçar o drama, mas pouco ou quase nada acrescenta e na bem feita seqüência da queda que é repetida pra ser abruptamente interrompida.
Assim sendo, “#SullyOHeróidoRioHudson” resulta numa devida e justa homenagem ao homem, magnificamente centralizada na certeira interpretação de Tom Hanks que, sozinho, não encontra combustível suficiente pra fazer a história decolar além da pista do academicamente muito correto.
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