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Foto do escritorCardoso Júnior

Aquarius- Brasil -2016

Atualizado: 17 de ago. de 2020


Estruturado em três capítulos com legendas separando-os, o que não tem a menor razão de ser nem justificativa para tal, o roteiro repleto de cenas tão aleatórias quanto dispensáveis, arrasta-se tediosamente ao longo dos intermináveis 142 minutos de duração, cheio de pausas cansativas nos morosos diálogos com algumas pitadas de frases pseudo-inteligentes.

A enorme multiplicidade de temas simbólicos, alguns baseados no cotidiano familiar/ urbano/ social, faz o fio condutor da narrativa dispersar e esticar de tal forma que acaba perdendo a capacidade de conduzir / manter o pico de interesse em uma trama (?) letárgica que conclui-se numa resolução muito rápida na boa cena final.

Cheio de cenas caleidoscópicas com enquadramentos lentíssimos que acham que filmar o chão ou repetir takes sobre um móvel do ambiente pode ser algo interessante, ainda apela para um recurso já muito explorado nas novelas que é o de inserir várias trilhas musicais para traduzirem os pensamentos/ sentimentos dos personagens e recorre a isso exaustivamente.

Com uma benevolente isenção à Sonia Braga (que passa grande parte do tempo prendendo e soltando os longos cabelos), não há uma única atuação que mereça maior atenção ou destaque no apenas razoável elenco de apoio com um numero infinito de personagens rasos que ficam sem nenhum aprofundamento, sem contar os que surgem e desaparecem sem explicação nenhuma.

Enfim, Aquários é apenas um grande desperdício de uma ótima Storyline que se perde no tédio das ambiguidades inconclusas de uma mega pretensão cinematográfica que nega o elementar princípio básico onde muito menos poderia ser muito mais.

TRAILER



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