A segunda direção do Christopher McQuarrie (Missão impossível: Nação secreta), deixa bem claro o motivo de ter sido chamado para dirigir o último. Sua eficiência e apuro técnico em criar tensão máxima em sequências de ação, estão explícitos neste trabalho.
Ok, a trama conspiratória traz todos os clichês do gênero, mas não deixa de ser um bom suspense e ser notável pela originalidade de revelar o vilão logo no começo. Então, descobrimos que Jack Reacher é mais crível que Ethan Hunt, por focar mais na inteligência dedutiva que propriamente em grandes lutas e espetaculares tiroteios; embora existam. Jack está mais para um Jason Burne, o que o aproxima do expectador mais chegado a verossimilhanças. Ponto para ele que trabalha fora do impossível. No mais, Rosamund Pike, está muito distante do brilho da garota exemplar, mas a súbita aparição de Werner Herzog (o grande cineasta), na pele do vilão compensa, bem como a sempre boa atuação do veterano Robert Duvall. Não lemos o livro no qual o filme se inspira, mas gostamos do “mocinho” motivado por moral, justiça e ética, questionador do “modus vivendi” atual, algo distante dos heróis mais conhecidos. Seja como for, Jack Reacher-O Último Tiro, no gênero, é um bom suspense que prende em suas duas horas de projeção e explica McQuarrie em Missão impossível.
TRAILER