Partindo de um roteiro que busca mostrar as diferenças de classes sociais e a luta/ revolta dos pobres contra os ricos, todos, enclausurados em um trem cercado de um cenário pós-apocalíptico e, a evolução da revolta, vagão pós vagão, este sci-fi não economiza em absurdos nem em violência explícita. Caso você tenha alguma boa vontade para com o gênero "cine-game" ( vá matando o inimigo e mudando de fase), encontrará curiosas interpretações de Tilda Swinton, (quem mais cairia tão bem em algo assim?), e boas participações de John hurt, Octavia Spencer além dos cinco minutos do sempre bom Ed Harris. Ah, tem o Chris Evans... Com boa cenografia, iluminação, direção de arte, efeitos especiais e bastante sangue esguichado, traz algumas interessantes surpresas na narrativa itinerante, criando uma aparente representação da sociedade atual para provocar discussões filosóficas. Com certeza, tais questões e o modo de apresentá-las (muita ação e lutas), podem provocar em uma platéia menos habituada ao cinema, um sonoro Uau! Neste caso, recomendamos o ótimo “Farenheit 451 (1966), e por conta do próprio John hurt, o imbatível “1984” (1984), para reflexões mais profundas. Em “#Snowpiercer” não há como negar alguns momentos de certa originalidade, mas aqui, nós achamos apenas uma boa ideia que não precisava ter sido realizada em tamanho tão longo o que nos provocou apenas um olhar de quase enfadonha curiosidade até seu final decepcionante.
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