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Foto do escritorCardoso Júnior

Os 33 –EUA-2015.

Atualizado: 15 de ago. de 2020


A primeira coisa que salta aos olhos de quem acompanhou a história real, é a comercialização americanizada dela buscando transformá-la em uma superprodução internacional do gênero suspense. Para quem segue cinema, sabe que o Chile seria perfeitamente capaz de executar filmicamente essa sua história sem entregá-la com tamanha facilidade para uma produção “made in Hollywood”. Uma pena. Será mesmo que a velha e desgastada fórmula de trazer nomes “famosos” para agregar valor comercial à uma produção a faz melhor? Pelo que temos acompanhado no cinema mundial, não comercial, a resposta é não! Isto posto, roteirizado para ser mais um filme de resgate em condições adversas, atinge seu objetivo de forma apenas eficiente, apostando em cenas com cunho emocional, sem suplantar outros trabalhos do gênero, pois o pico de tensão que, obviamente, tal história merecia, dilui-se em seus dois outros núcleos ( político e familiar), sem se aprofundar em nenhum. Tecnicamente bem realizado e, com nítida intenção de provocar comoções lacrimosas, a direção pouco explora o talento do elenco internacional, salvaguardando uma cena muda onde Rodrigo Santoro brilha. Para olhos mais atentos, a direção comete o pecado de relegar quase que para último plano a atriz Chilena Paulina Garcia (vencedora em Berlim por “Gloria”), em um verdadeiro descaso pelos talentos locais. A cena derradeira, em P&B, funciona como um nítido "mea culpa" para todas essas questões que levantamos. No mais, “Los 33” resume-se em uma ótima e recomendada sessão pipoca.

TRAILER

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