É um documentário sobre vários temas devastadores e contemporâneos como: família, amizades, dependência química, fama, fragilidade, exploração midiática e morte prematura. A reconstituição da vida pessoal e carreira de Winehouse é feita através de vários tipos e qualidades de imagens e fotos em um bom trabalho de edição que não escapa de nos proporcionar uma estranha e quase cansativa sensação de caleidoscópio em suas longas duas horas de projeção. Talvez, este artifício, de inserir vários materiais inéditos, (como vídeos caseiros), acrescente o fator novidade à este trabalho, mas também ajuda em muito a miscelânea visual na continuidade, quase comprometendo-a. Por certo, os fãs de carteirinha de uma icônica e incrível cantora de Jazz, serão brindados com vários momentos musicais muito bons, algumas declarações polêmicas e até poderão comprar a ideia de que a grande artista tenha sido uma grande vítima de um sistema ganancioso e impiedoso que acabou massacrando-a. Seja como for, “Amy” é um documentário interessante ao trilhar um caminho intimista, quase invasivo, um espocar de vários flashes sobre inúmeras questões, abrindo caminho para várias reflexões sobre invasões e violações de privacidade que já vitimaram outras personalidades. A proposta autoral deixa claro que a protagonista, embora tenha aproveitado todas as benesses do mega estrelato, não se encontrava emocionalmente preparada e ou feliz enquanto arrastada por uma onda muito maior que sua capacidade de permanecer na tona. Enfim, “Amy’ é um longa documental importante, mas que poderia ter menos tempo de duração e manter o pico de atenção mais linear.
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