Essa releitura do clássico Saint-Exupéry pretende, nitidamente, fazer uma homenagem ao livro e a sua criação. Por outro lado, pega uma veia insistente sobre “como ser adulto é chato”. O mais interessante (o que não quer dizer ótimo), é o fato de, para contar uma das histórias mais lidas do mundo todo, o roteiro se subdivide em três linhas (histórias), diferentes que caminham mais ou menos paralelas e, lá pelo final, tentam se juntar. A animação, tecnicamente bem feita, faz um mix de histórias fracas algumas nitidamente inspiradas em outras animações, partindo da garotinha solitária e oprimida pela mãe que conhece o vizinho (o aviador) que vai lhe contando a história do pequeno príncipe. Neste ponto, a história é fiel ao livro, com suas personagens e direito as frases conhecidas. A dicotomia, neste caso, tricotomia, surge a partir deste ponto, quando o pequeno príncipe “idealizado” pela garotinha entra em cena como um jovem limpador de chaminés e desmemoriado da sua persona, mote que provoca ou justifica as cenas de hiper ação, tipo aventura. Pois é... Em suma, esse mix estranho procurando ligadura inovativa, nos pareceu muito mais comercial que propriamente artístico conceitual. Para concluir, “se tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, este é um trabalho “irresponsável” na medida em que não cativa;mesmo.
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