Com um roteiro nada inovador sobre o tema “boxe” para quem conhece “O Campeão”, “Touro Indomável”, “Rocky” e até “Menina de ouro”, Nocaute pega um pouco de cada um desses filmes anteriores para construir sua narrativa sobre um campeão que vai ao fundo do poço e precisa se reerguer (moral e financeiramente), vencendo a si próprio e, claro, a luta final do último ato.
Assim, este último trabalho de Jake Gyllenhaal, torna-se tão previsível que até as cenas montadas, cuidadosamente, para provocarem fortes apelos emocionais, acabam diluídas; embora funcionem.
Tecnicamente é bem feito, utilizando-se de planos de closes alternados com planos de afastamento e pouca utilização de câmeras lentas detalhando os socos e respingos de sangue. Há, sem dúvida, certo “bom gosto” estético na câmara e na edição. Felizmente, Rachel McAdams aparece muito pouco apenas no primeiro ato e, infelizmente, o grande Forest Whitaker não apresenta nenhum grande momento de contribuição cênica mais empolgante. Então, o que salva “Southpaw” da mesmice de gênero?
Jake Gyllenhaal em uma atuação mais que bem elaborada, convincente, digna de respeito ainda que bem menor ou diferente da que nos apresentou com seu personagem no espetacular “O abutre”.
Então, caso você seja amante da brutalidade, da violência e da estupidez sanguinolenta do boxe e, não tenha visto nenhum dos trabalhos acima mencionados, mantenha os punhos erguidos, brinque de “soletrando” e é bem possível que acabe torcendo e vibrando pelo mocinho no último ato.
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