“Em 1972, no caso Branzburg versus Hayes, esta Corte decidiu contra o direito de repórteres de não divulgar os nomes de suas fontes diante de um grande júri, e isso deu ao governo o poder de prender aqueles repórteres que se negassem a fazê-lo.
Foi uma decisão de 5 a 4, apertada. Ao discordar da decisão da maioria, o juiz Steward disse: ‘Com o passar dos anos, o poder do governo se torna mais e mais penetrante. Aqueles que estão no poder’, ele disse, ‘qualquer que seja sua política, querem apenas se perpetuar no poder, e as pessoas são as vítimas.’ Bem, os anos se passaram, e aquele poder é penetrante. A sra. Amrstrong poderia ter cedido às exigências do governo – ela poderia ter abandonado a sua promessa de confidencialidade.
Ele poderia simplesmente ter ido para casa, ficar com sua família. Mas fazer isso significaria que nenhuma fonte iria falar de novo com ela, e nenhuma fonte iria falar com o jornal dela de novo. E então amanhã, quando prendermos jornalistas de outros jornais, vamos tornar essas publicações irrelevantes, e assim tornaremos irrelevante a Primeira Emenda. E então como saberemos se um presidente escondeu crimes? Ou se um oficial do exército cometeu tortura? Nós, enquanto nação, não mais seremos capazes de exigir que aqueles que estão no poder prestem contas àqueles sobre os quais exercem seu poder – e qual é a natureza de um governo quanto ele não tem mais medo de prestar contas? Deveríamos levar isso em consideração. Prender jornalistas – isso é para outros países, isso é para os países que temem seus cidadãos, não para países que cuidam deles e os protegem.
Algum tempo atrás, comecei a sentir a pressão pessoal, humana, sobre Rachel Armstrong, e disse a ela que eu estava ali para representar a ela, e não seus princípios. E foi só quando eu a encontrei que compreendi que, com as grandes pessoas, não existe diferença entre os princípios e a pessoa.” Nossa intenção era comentar sobre este espetacular filme, mas achamos que, reproduzir um discurso importantíssimo dele, o definiria mais e muito melhor que qualquer palavra nossa. No mais, é uma história real, embora se pretenda ficcional, tem ritmo de thriller e grandes interpretações de Kate Beckinsale e Vera Farmiga. Que o discurso fale por si só.
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