Vencedor em Cannes com o prêmio “Un Certain Regard” e a “Palm Dog”. Interessantíssimo!
Gravado com cães de verdade, situado numa Budapeste contemporânea, utiliza-se de planos belíssimos (abertura e final), de narrativa linear simplista e econômica com enquadramentos espetaculares, atuações e trilha impressionante para falar do amor e ódio pelos cães.
Ainda que o roteiro não se defina quanto ao gênero, (documentário, drama, suspense, fábula, ficção, terror), ou isso tudo, o tema mais que polêmico vai se tornando um autêntico filme-denúncia pela condução da temática.
O labrador Hagem, personagem carismático e central, interpreta de forma caninamente humana a exploração do homem sobre os animais.
Em um “crescedum” que vai do amor incondicional ao desprezo, evoluindo da segregação a exploração, eclodindo em revolta e vingança, é absurdamente original na proposta até pelo contraponto com a música.
Ok, há certas cenas difíceis em "White Dog", ainda que saibamos, lamentavelmente, serem verdadeiras. Sim, é um argumento potente, magistralmente bem elaborado, um alerta, uma denúncia inteligentíssima contra o mau trato animal. Não, amigos, um tema destes, não pode e não foi tratado com suavidade, portanto aconselhamos espíritos mais sensíveis evitarem essa obra que, merece não só respeito como máxima admiração para urgentes reflexões!
“Tudo que é mais terrível precisa do nosso amor” Rilke.
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