Roteirizar sobre uma das figuras mais polêmicas e importantes dentro da arte da literatura, cinema, política e dramaturgia do século passado, por certo não é tarefa fácil. Com tantos elementos bombásticos cabíveis nessa cine-bio, a direção e roteiro optaram centrar o foco na última noite do mestre e, fazer um tributo a sua genialidade infinda formando uma narrativa muito menor que qualquer expectativa sobre o tema riquíssimo. Com uma direção de arte perfeita que remonta o momento, conjuga relevantes trabalhos interpretativos, embora Willem Dafoe pareça deslocado no contexto como protagonista. O “estamos todos perdidos” levantado há quase 40 anos, parece permear o trabalho que luta por não perder-se em si mesmo. Uma pena.
TRAILER