Este pré-candidato não foge do padrão do cinema Polonês pautado por não temer estórias fortes e assuntos tabus, esquivando-se de juízos de valores; apenas diz: Eis os fatos como são, que a platéia leve para casa e tire suas próprias conclusões. E, "Ida" não foge a regra ao provocar reflexões sobre religiosidade, família e as conseqüências de atos do passado refletindo no futuro em um cenário Nazista através do embate ideológico-antagônico entre duas mulheres. Com uma fotografia P&B impressionante, interpretações sutis mas não menos enérgicas, cenografia a altura, transcorre em ritmo lento e pertinente ao roteiro deste drama atemporal que beira o magnífico. No entanto, trata-se de um trabalho para apreciação de cinéfilos mais familiarizados com o cinema Polonês e nada Americanizados.
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