Trás um dos roteiros mais...absurdamente brilhante e original do cinema! É sensível, é encantador. Ao transitar pelo lúdico, nas raias da ficção, toca questões muito íntimas do ser humano abordando solidão, virtualidade, relacionamentos, emoções e a eterna busca por amor. Com muita sabedoria, vai à um futuro próximo para “criticar” relações do tipo virtual que vemos no presente; esse enorme interesse em estabelecer contato com o distante enquanto nos tornamos cada vez mais anti-sociais com o próximo. O paralelo entre o antigo (cartas), unido a alta tecnologia, é da categoria dos gênios. Em um ano de estórias tão...repetitivas, ELA surge como um refrigério para almas sensíveis. Das músicas, interpretações, às imagens e a filosofia presente nos diálogos, tudo é de uma delicadeza romântica enternecedora. Fugindo dos padrões “acadêmicos”, não receio afirmar que é o mais bonito, surpreendente e inteligente filme deste ano e, talvez, de muitos. Memorável enquanto universal e atual.
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